A Magia do Papai Noel

Tente imaginar: Ir dormir sabendo que no dia seguinte ao acordar, um velhinho com um trenó guiado por renas voadoras entrou na sua casa e deixou o presente tão esperado por você, que durante o ano todo houve empenho para recebe-lo.

            A noite parece mais longa que todas as outras, o sono não chega, qualquer barulho é um alerta que alguém (com um rosto adorável, de roupa vermelha, cabelos e barba branca) está entrando de mansinho na sua casa para deixar algo pra você. Essa noite é uma mistura de ansiedade, alegria e fantasia para as crianças.

            Podemos pensar que uma das recordações mais belas que trazemos da infância é o Natal, e não é só a expectativa que temos de receber o presente do Papai Noel que fica registrado em nosso inconsciente, essa representação é muito mais que isso.

A história do Papai Noel possui uma forte tradição e faz parte do imaginário da criança. Mas você acha que essa fantasia deva ser preservada ou deve ser considerada com cuidado?

A fantasia é necessária para o desenvolvimento saudável da criança, pois estimula a capacidade criadora, a imaginação, permite que ela simbolize e compreenda os acontecimentos da vida, acelera o desenvolvimento intelectual, além de ser uma fundamental ferramenta cognitiva.  Vários estudos defendem a importância do imaginário para as crianças e não apresentam restrições em relação à esta crença de Natal. Pesquisas mostram que a fantasias, como a do Papai Noel, fazem com que as crianças aprendam a distinguir melhor entre imaginação e realidade.

Estudos mostram também que de certa maneira as crianças sabem que o Papai Noel não é real, porém elas têm muito mais facilidade em se envolver e vivenciar fantasias, mesmo tendo consciência de que a brincadeira não é a realidade, é como se elas brincassem em um jogo de faz de conta e ao brincar de “faz de conta“, a criança exercita a habilidade de vislumbrar alternativas e soluções para um problema. E isso influencia até a vida adulta, na capacidade de inovar e inventar.

O Bom Homem, de fato, existiu!

O mito do Papai Noel foi criado a partir de uma história verdadeira, que ao longo dos anos passou por influencias de vários países até se tornar a forma de hoje.

Tudo começou com Saint Nicholas, um bispo romano que viveu no fim do século II a.C., que era famoso por partilhar secretamente presentes em sua cidade, deixando moedas ou doces dentro dos sapatos que ficavam pendurados nas janelas pelas crianças. Em agradecimento, as crianças deixavam algum alimento, como cenouras, para o cavalo de Saint Nicholas.

O Papai Noel como o conhecemos hoje foi finalmente idealizado na década de 1930, pela Coca-Cola com um anúncio divulgando a ilustração de um senhor com roupa vermelha, barba branca e botas de couro.

Quando contar a verdade sobre o Papai Noel?

Muitos dos pais têm dúvidas sobre qual a melhor hora para revelar a verdade aos filhos. A melhor hora deve vir de maneira natural e a partir da criança.

O desenvolvimento do pensamento lógico-formal faz com que a criança comece a analisar objetivamente os fatos da realidade e a compará-los. Para a maioria dos pesquisadores, os pais devem deixar que ela própria mostre alguma curiosidade a respeito do assunto, e ao ser questionado pergunte a ela o que ela pensa sobre esse tema, afim de perceber se ela está preparada para ouvir a verdade. Nesse momento os pais não devem mentir explicando a lenda e falando que é inspirada em uma história verdadeira. Uma história real é um valor real e inspira as crianças.

A condição de como essa descoberta é recebida, elaborada e aceita pode demarcar muitas das respostas às futuras frustações às quais passamos pela vida. Além disso, será o momento que reconhecemos que nossos pais e a cultura mentem para nós. Podendo gerar um grau de desconfiança em relação a eles, colaborando para o desenvolvimento de pensamentos autônomos, diferentes daqueles que nos são impostos. Trazendo muitas vezes o nosso crescimento.

Fonte:

Artigo: Google Acadêmico

Wikipédia

Colunista:

Claudia Pinho

Psicóloga

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