Como criamos a nossa autoimagem? E o que ela pode influenciar em nossas vidas

Com o advento das redes sociais, nunca nos preocupamos tanto com a aparência quanto agora. Sabemos que uma boa imagem pessoal pode nos trazer vantagens sociais tanto no âmbito das amizades quanto nos relacionamentos amorosos, ou até mesmo no ambiente de trabalho. Apesar da aparência não substituir a essência nem o caráter de cada um, ela tem um papel muito importante nas relações.

Temos o conhecimento de que a sociedade vem mudando constantemente seus padrões estéticos, cada vez mais difíceis e rígidos de serem alcançados, sendo que é por meio do nosso corpo que expressamos sentimentos, desejos e atitudes.

Nós, seres humanos, somos frutos de uma imagem social. Assim, muitas vezes nos sentimos compelidos a responder às exigências dessa sociedade pois estamos inseridos nessa sociedade e em sua cultura, mas às vezes esse grau de exigência é tamanho que o indivíduo vem a adoecer. Ansiedade, depressão e diversas inseguranças podem ser sintomas de que a sua autoimagem e autoestima não estão bem desenvolvidos.

A autoestima é um sentimento desenvolvido desde a infância, à medida em que os pais elogiam, criticam ou demonstram de alguma forma atenção sobre determinada conquista do filho, aumentando ou diminuindo a autoestima da criança.

Por outro lado, quantas vezes somos punidos, inclusive já na vida adulta, por alguma falha ou erro que cometemos e, por isso, somos deixados de lado? Nessas condições, nossa autoestima tende a diminuir, uma vez que não somos reconhecidos ou gratificados por algo.

A autoestima se manifesta de forma não proposital, baseada em nossas próprias experiências com as pessoas e o mundo.

Um bom exemplo é quando um indivíduo, que normalmente recebe muitos elogios, tende a sentir-se sempre bem e sua autoestima estar sempre alta.

Da mesma forma acontece quando a pessoa passa por situações em que é destratada ou alvo de piadas. Situações como essa fazem com que a pessoa sinta sua autoestima abalada, passa a desacreditar de si mesma, a pensar que tudo que construiu até o momento foi em vão, que não é capaz. E essa pessoa se frustra. Isso é chamado de baixa autoestima.

A aparência pessoal está intimamente ligada com a satisfação ou insatisfação da pessoa. Quando existe a satisfação com a aparência, a pessoa se gosta, se aceita. Sendo assim, trabalha melhor a sua autoestima e sua autoimagem e, consequentemente, a sua qualidade de vida. Quando existe insatisfação, a pessoa busca incansavelmente recursos da estética e/ou outros meios e, dificilmente, encontra um contentamento com ela mesma, indicando assim a importância do autoconhecimento e de se buscar causas internas para o seu sofrer.

Para concluir, é de suma importância buscar o equilíbrio entre a autoestima e a autoimagem para que o indivíduo possa compreender se há ou não uma preocupação excessiva com a sua autoimagem e aparência física, visto que deve-se buscar a coerência entre o ser e o parecer pois,  atualmente, é possível cuidar a aparência sem cometer erros já cometidos por milhares de pessoas que buscam perfeição de uma forma exagerada, muitas vezes se desfigurando ao tentar atingir padrões que não se adequam a todos os biótipos, idades, raças ou culturas, e acabam por não cuidar da sua saúde mental.

Homem sorrindoMulher sorrindo.Colunistas:

Johny Santos e Camila Andrade

Psicólogos

A felicidade é um problema individual. Aqui, nenhum conselho é válido. Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz.
Sigmund Freud

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