Contribuição do Afeto na Construção da Aprendizagem

Observemos os questionamentos abaixo:

O que é afetividade? Será que o afeto repercute na aprendizagem? Como podemos perceber isso? Você já sentiu o afeto/carinho da professora ao falar da aprendizagem do aluno?

Ainda:

Você algum dia já viu seu filho encantado como que o professor falou ou ensinou? E como a criança repete a história inúmeras vezes? Foi justamente esse fato que marcou o dia dessa criança, que marcou a sua aprendizagem, o seu modo de pensar… Este fato a tocou afetivamente e significativamente.

Assim, essa criança foi vista, olhada, percebida na sua individualidade… Isso é afeto e se traduz em grandes aprendizagens!

O assunto é tão sério e importante que, segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) publicados no Brasil, em 1997, o currículo deve visar o desenvolvimento de capacidades “de relações  interpessoais, cognitivas, afetivas, éticas e estéticas para que os estudantes possam dialogar de modo adequado com a comunidade, aprender a respeitar e a ser respeitado, a escutar e ser escutado, a reivindicar seus direitos e a cumprir seus deveres”.

Portanto, a afetividade é um dos componentes mais importantes na vida das pessoas e, na área da Educação, não poderia ser diferente. A presença do afeto na relação entre aluno e professor é fundamental. Afinal, é principalmente por meio das interações sociais saudáveis e harmoniosas que se constrói a aprendizagem significativa: aquela que realmente cria marcas, que vai fazer a diferença e a que carregamos por toda a vida. Aquela que nos levará a criar estratégias para resolver situações problemas que aparecerem.

Por isso, a afetividade tem um papel crucial no processo de aprendizagem porque influencia profundamente o crescimento cognitivo.

É nesse contexto que os professores devem adotar uma postura de facilitadores que estimulam a aprendizagem. Na sua relação com os estudantes, os sentimentos de ambas as partes não podem ser negligenciados.

É devido à afetividade que as pessoas criam laços de amizade bastante positivos no âmbito escolar, e esses laços não se baseiam somente em sentimentos, mas também em atitudes. Portanto, num relacionamento saudável, certas atitudes precisam ser cultivadas para que o relacionamento se aperfeiçoe sempre.

A escola é a continuação do lar e a criança que não recebe afeto não aprende. As razões para o ser humano aprender qualquer coisa são profundamente interiores e as crianças aprendem melhor quando se sentem amadas, seguras e quando são tratadas como um ser único.

Por isso, a escola não pode se limitar a promover apenas conhecimentos conceituais e teóricos, mas deve, principalmente, ser base na constituição psíquica do indivíduo. Cabe à escola também fazer, com a família, uma parceria de trabalhos valorosos para uma boa base e desenvolvimento do ser humano, com grande dimensão afetiva e consequentemente, uma significativa aprendizagem.

Referência:

BRASIL. Base Nacional Comum curricular, 2017.

https://www.valordoconhecimento.com.br

Colunista:

Iracy Carmanini

Psicopedagoga Clinica e Institucional;
Especialista em educação especial, deficiências auditiva e cognitiva, Alfabetização e Letramento.

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O Psicopedagogo atua no sentido de prevenir e/ou detectar dificuldades de aprendizagem, promover sugestões metodológicas e educacionais de forma terapêutica: seus padrões normais e patológicos, considerando a influência do meio, da família, da escola e da sociedade.