Distúrbio do Processamento Auditivo Central – DPAC

Distúrbio do Processamento Auditivo Central é caracterizado por afetar as vias centrais da audição, ou seja, as áreas do cérebro relacionadas às habilidades auditivas responsáveis por um conjunto de processos que vão da detecção à interpretação das informações sonoras. Na maior parte dos casos, o sistema auditivo periférico (tímpano, ossículos, cóclea e nervo auditivo) encontra-se totalmente preservado. A principal consequência do distúrbio está na dificuldade de processamento das informações captadas pelas vias auditivas. Assim, a pessoa ouvirá claramente a fala humana, mas terá dificuldades em interpretar a mensagem recebida.

AS CAUSAS E O DIAGNÓSTICO DO DPAC

As causas do DPAC podem ser variadas e muitas vezes desconhecidas, contudo as mais comuns são de origem genética, otites de repetição, lesões cerebrais por anóxia (falta de oxigenação) ou traumatismo craniano, presença de outros distúrbios neurológicos, atraso maturacional das vias auditivas do Sistema Nervoso Central ou por envelhecimento natural do cérebro. Por isso, a maior parte dos diagnósticos é feita em crianças e idosos.

Principais sintomas que podem ser percebidos nas pessoas com DPAC:

  • Dificuldade de memorização em atividades diárias;
  • Dificuldades acadêmicas para ler e escrever;
  • Fadiga atencional em aulas ou palestras;
  • Troca de letras na fala ou escrita;
  • Demora em compreender o que foi dito;
  • Dificuldades em compreender informações em ambientes ruidosos;
  • Desatenção e distração;
  • Solicita repetição constante da informação;
  • Agitação;
  • Dificuldade para entender conceitos abstratos ou duplo sentido;
  • Dificuldade para executar tarefas que lhe foram solicitadas;
  • Dificuldades com um segundo idioma.

COMO AUXILIAR UM ALUNO ?

As recomendações são:

1 – Colocar o aluno nas primeiras carteiras;

2 -Longe de distrações;

3 -Quando falar, olhar diretamente para o rosto do aluno e próximo a ele;

4- Certificar se ele realmente entendeu os comandos e o que deve ser realizado, se possível; e

5- Dar mais tempo para a realização da avaliação e, se necessário, fazer a leitura da prova para ele.

Silmara Fator Canassa

Fonoaudióloga

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