TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO – TEA

Nos dias de hoje, o Transtorno do Espectro do Autismo tem sido identificado em crianças e adolescentes com muita frequência, uma vez que os critérios diagnósticos tornaram-se mais abrangentes.

Os primeiros sinais do transtorno são observados a partir do primeiro ano,  geralmente na escola. De início considera-se o diagnóstico de surdez, logo descartado no segundo ano. Nas crianças, o correto diagnóstico é realizado por um Psiquiatra infantil ou pelo Neuropediatra.

O Transtorno do Espectro do Autismo está classificado como um transtorno do neurodesenvolvimento, sendo classificados como Espectros: autismo infantil precoce; autismo infantil; autismo de Kanner; autismo de alto funcionamento; autismo atípico; transtorno Global do desenvolvimento sem outra especificação; transtorno desintegrativo da infância e transtorno de Asperger (DSM-V – 5° EDIÇÃO, 2014).

As crianças com autismo podem apresentar sensibilidades a certos estímulos que influenciam os sentidos: a maneira que sentem o calor, o frio, o toque, as texturas, as cores, os cheiros ou ruídos altos, por exemplo, influenciam a forma com que se comportam socialmente, uma vez que nem sempre eles conseguem explicar o desconforto que sentem e com isso vêm as crises de agressividade, que nada mais é do que um desarranjo emocional, a maneira que eles têm para se defender e eliminar as aflições. É preciso ter muita paciência e estabelecer uma rotina com regras e disciplina, e acima de tudo, prover muito amor e carinho, que são fundamentais.

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) pode ser classificado de acordo com o grau de dependência ou necessidade de suporte. É considerado como autismo leve ou de nível 1, moderado ou de nível 2 ou severo ou de nível 3.

O nível 3 (severo) é o que necessita de maior suporte, pois apresenta um déficit de comunicação verbal e não verbal considerado grave, onde não conseguem se comunicar, apresentam comportamentos inflexíveis e, se não forem estimulados, tendem ao isolamento.

Crianças com TEA podem apresentar:

  • Prejuízo na comunicação verbal e não verbal (não conseguem se comunicar);
  • Prejuízos na interação social (puxam as pessoas pelas mãos e não fixam o olhar);
  • Comportamentos estranhos e repetitivos como abanar as mãos, balançar o corpo para frente e para trás;
  • Padrões de brincadeiras estranhos (carregam o brinquedo e não brincam com eles, costumam separar por formas e tamanhos, ficam horas organizando e quando alguém os movimenta do lugar se sentem perdidos e ficam irritados);
  • Fortes preferências (ingerir os mesmos alimentos, como por exemplo, querer comer somente arroz, ou macarrão, assim como assistir o mesmo desenho ou filme diversas vezes);
  • Dificuldades com gestos e expressões;
  • Ecolalia (repetição da fala de outra pessoa, como repetição de palavras e frases);
  • Distúrbios do sono (terror noturno).

O autismo é uma condição neurológica e não uma doença. O autista sente e vivencia o mundo de uma forma diferente e única, e não apresenta características físicas.

Os critérios principais para o diagnóstico estão baseados em prejuízos na comunicação e interação social, bem como em padrões de comportamentos repetitivos. Ele precisa ser estimulado em atividades que gosta de realizar.

Referência Bibliográfica

DSM-5 – MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DE TRANSTORNOS MENTAIS; tradução: Maria Inês Corrêa Nascimento et al.; revisão técnica: Aristides Volpato Cordioli et al.. – 5. edição. – Dados eletrônicos. – Porto: Artmed, 2014.

Colunista:

Charlene Correia

Psicóloga

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B. F. Skinner